terça-feira, 6 de março de 2012

Fim do Windows Live

Tudo indica que o Windows Live não fará parte doWindows 8. Mais uma vez a Microsoft está reformando a marca que agrega seus aplicativos, além de aprimorar alguns deles, alterar seus nomes ou os posicionar em uma área central na nova interface Metro.
Os usuários que dependem de programas da suíte, como o Live Messenger ou o Live Mail, poderão ficar presos a softwares em estado terminal, o que, dada as inúmeras mudanças da nova versão do sistema operacional, não chega a ser uma surpresa. O Windows Live como o conhecemos foi lançado em 2005, em substituição ao pacote MSN. Aos poucos foi ganhando recursos de computação em nuvem e, daí, apareceram o SkyDrive, o Calendário, os Contatos, o Writer, que pouco têm em comum a não ser o fato de sincronizarem os dados com a Internet para que fossem acessados de qualquer lugar. A suíte ganhou notoriedade quando a gigante decidiu tirar vários programas nativos do Windows, no momento em que a morte do Vista já era iminente, e incluí-los num pacote que poderia ser baixado, gratuitamente, sob o nome de Live Essentials (Essenciais). O Movie Maker e a Galeria de fotos, por exemplo, tiveram esse destino. A seguir, as principais mudanças esperadas para os softwares reunidos sob a marca Live. Windows Live ID Passará a se chamar Microsoft Your Account (Sua conta da Microsoft). O site já foi criado e, como você pode ver, não possui “Live” em seu nome. Ele coordenará diversas atividades, desde as compras na Windows Store ou no Xbox, até armazenamento na nuvem e verificação de contas. Windows Live Hotmail Nada mudará no serviço a não ser o nome. Ele também perderá o “Live” e se voltará a ser apenas “Hotmail”. Windows Live SkyDrive No blog da Microsoft ele já virou “SkyDrive”. O Live Mesh, o Live Sync e o Live FolderShare deverão ser incorporados a ele. Será a única forma oferecida pela Microsoft para sincronizar seus arquivos em computadores diferentes. Windows Live Calendar, Contacts e Photo Gallery O Live Calendar apareceu em inúmeras demonstrações do Windows 8 e terá seu ícone denominado, simplesmente, como calendário. Os Contatos, por sua vez, estarão no botão People (Pessoas), e a Galeria de Fotos virará “Fotos”. Pelo visto, alguém na Microsoft notou que, caso colocassem o nome completo atual de cada aplicativo, a fonte para cada caixa do Metro teria de ser consideravelmente reduzida. Windows Live Messenger O aplicativo está em uma situação delicada, tendo o Lync de um lado e o Skype de outro. Foi integrado a diversos portais e programas como o Internet Explorer, Hotmail, SkyDrive, MySpace e Xbox Live, e possui versão para iPhone e iPad na App Store, da Apple. Pelo visto, será chamado de Messaging ou Messenger, e possivelmente agregará o Skype ou o Lync – talvez ambos. E os outros? Tom Warren, da agência The Verge, afirma que o Messaging, o Mail, o Calendar e o People “foram desenvolvidos para serem o núcleo das comunicações do Windows”, embora não tenha revelado onde o Skype entra na história. Ainda segundo ele, os softwares para vídeo e música estão sob a marca do Zune, por mais que estejam sob responsabilidade da equipe do Xbox. Especulações dão conta que, logo após o lançamento do Windows 8, o Zune dará lugar ao Xbox Live como aplicativo para a execução de mídias, inclusive games. Curioso notar que, neste caso, o “Live” poderá ser mantido. E o Windows Live Family Safety (Proteção para a Família), o Movie Maker e o Writer? Este último deve ser facilmente absorvido pelo Word e pelo SkyDrive, mas os outros dois dificilmente serão dispensados. Também não há muitas indicações sobre quais softwares virão com o Windows e quais poderão ser baixados via loja oficial. Provavelmente a Microsoft deixará essa decisão para poucos meses antes do lançamento. Naturalmente, tais mudanças trazem muitos questionamentos. O que acontecerá com os aplicativos Live que rodam no Windows XP, Vista e 7? A Microsoft continuará investindo para aprimorá-los – mesmo que todos, juntos, não paguem nem as contas do Bing? Ela ignorará os usuários que continuarão com as versões anteriores da plataforma por mais algum tempo? Ao compararmos a postura da companhia de Redmond com a da Apple, o contraste aumenta. O iMail era conhecido como iMail e continua como iMail; o iTunes sempre foi iTunes. Os usuários da maçã, a rigor têm de lidar com poucas modificações, e elas são feitas gradualmente. No máximo, terão de parar de chamar o sistema de “Mac OS” e lembrá-lo apenas como “OS”.